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Inquisição

  • sulissidhe
  • 7 de ago. de 2014
  • 3 min de leitura

O que foi:

A Inquisição foi criada na Idade Média (séc. XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana, era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça ao conjunto de leis doutrinárias desta instituição.

Atuando na Itália, na França, na Alemanha e em Portugal, a Inquisição medieval tinha penas mais brandas - a mais comum era a excomunhão -, embora a tortura já fosse autorizada pelo papa para arrancar confissões desde 1252. Sua segunda insurgência foi na Espanha de 1478 e adquiriu toda força protagonizando seus piores horrores.

Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.

História e atuação

Não era dado o direito aos perseguidos de saber quem os denunciara, mas em contrapartida, estes podiam dizer os nomes de todos seus inimigos para averiguação. Países como Portugal, França, Itália e Espanha foram aderindo a esta forma de julgamento, contudo, na Inglaterra não houve o firmamento destes tribunais.

Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem ideias contrárias à doutrina cristã. O astrônomo italiano Galileu Galilei escapou por pouco da fogueira pela sua teoria do heliocentrismo, ou seja, de que o planeta Terra girava ao redor do Sol. Já Giordano Bruno não teve a mesma sorte sendo condenado à fogueira na cidade de Roma em 17 de fevereiro de 1600 por prática de heresia, ele que foi um frade dominicano, filósofo e teólogo italiano que defendia teorias científicas, principalmente astronômicas que eram contrárias às da igreja católica.

As mulheres foram alvos constantes dos inquisidores que consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.

Na carona desta barbárie, durante o séc. XV, os reis da Espanha por interesses políticos perseguiram nobres e judeus, aumentando substancialmente os cofres da realeza.

A lista de perseguidos também foi ampliada para incluir protestantes e iluministas, homossexuais e bígamos.

Durante esta triste época da história, milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas por acusações que, muitas vezes, eram injustas e infundadas.

Com cada vez mais poder, o espanhol Tomás de Torquemada, conhecido como o Grande Inquisidor chegou a desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades da sociedade da época. Por fim, esta perseguição foi finalizada somente no início do século XIX.

Brasil

No Brasil, os tribunais chegaram a ser instalados no período colonial, porém não apresentaram muita força como na Europa. Foram julgados, principalmente no Nordeste, alguns casos de heresias relacionadas ao comportamento dos brasileiros, além de perseguir alguns judeus que aportaram na Terra Brasilis.

Calcula-se que 400 brasileiros foram condenados e 21 queimados em Lisboa, para onde eram mandados os casos mais graves.

Os inquisidores portugueses fizeram 40 mil vítimas, das quais 2 mil foram mortas na fogueira.

O incrível é o grande período que a inquisição ocupou na história, seu início foi em 1231 com o Papa Gregório IX e seu término foi somente em 1834, ou seja, 6 séculos!

Na Espanha, até a extinção do Santo Ofício, em 1834, estima-se que quase 300 mil pessoas tenham sido condenadas e 30 mil executadas.

Hoje temos diversas formas de inquisição, de julgamento, de condenação e de tortura.

Mudaram nomes e métodos, mas a injustiça continua! Tudo em nome do poder.

Chega de intolerância!

Enquanto os poderosos proporcionam pão e circo a população se contenta e se omite, esquece de seus direitos em troca de esmolas...

 
 
 

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